Hoje o dia foi tomado pelo espírito Maldito, o qual precedeu a sessão do Cineclube Central desta semana, perdurando durante e depois.
Acordei assustado, tive um sonho ruim. Demônios que achei que já tinham descaregado do meu corpo (ou espírito, não sei como é que essa - ou aquela - galera vê isso...) ameaçavam voltar. Amigos meus se perdiam em labirintos sem fim, meninas com sorrisos bonitos me esfaqueavam, e pelas costas...tudo muito perturbador.
Agora, o tom da maldição do dia foi quando eu cheguei em frente a um cartório eleitoral pra resolver meus problemas de cidadão que não cumpre seu dever. Assim que saí do carro e olhei pra frente, flagrei, mas flagrei(!) um motociclista voando por cima da porta de um carro que estava estacionando e abrindo a porta naquele exato momento. Com o impacto da batida, o pobre moço voou uns cinco metros e aterrisou de peito no asfalto. Quando olhei com atenção, após passada a sensação atônita do espetacular acontecimento, vi que o calcanhar do rapaz se encontrava na altura de sua nuca. Na hora fiquei gelado e comecei a tremer. Enquanto uns corriam daqui e outros corriam dali, corri também pra ajudar com o trânsito do local.
Depois disso, sem que passasse muito tempo, olhei pra trás e vi que o coitado sangrava feito porco abatido, e reparei também que ninguém tinha coragem de fazer nada (coragem mesmo, porque a cena era forte). Foi depois que vi que o sangue saía de uma "boceta" (me desculpem as meninas, mas é isso mesmo!) aberta no joelho do cara!
Corri pra cima dele e imediatamente tirei meu cinto, enrolando-o na parte anterior ao ferimento, na tentativa de fazer o sangue parar de jorrar.
O cara olhava pra mim, como se procurasse algo - talvez minha mão para segurar - e começava a ficar azul. Ou roxo. Nessa hora ele pára de respirar. E aquele povo olhando pro cara todo fudido no chão e também pra mim, que não sabia o que fazer. Daí eu começo a fazer a respiração boca a boca e a tal massagem toráxica. O cara volta a si, expelindo exatamente todos os pensamentos que pairavam sobre a minha cabeça naquele dia, palavra por palavra, organizando o nexo como nem eu mesmo estava conseguindo.
Logo em seguida, 'somente' vinte e poucos minutos após o "SAMU 192" chegou e os médicos fizeram o que sabem fazer.
Aí enfiaram o cara desacordado na ambulância, com uma cor meio azul-verde-amarelo, e saíram em desparada. E eu fiquei lá, sentado no meio fio chorando e querendo minha mãe, ou alguém que pudesse me dar um colo, totalmente desamparado, sem saber o paradeiro do rapaz, sem saber como descobrir se ele ficou bem e sem querer saber de mais nada nesse dia.
O resto do dia foi só resto.
Lembrando dos detalhes, penso que sonharei novamente malditamente...
Acordei assustado, tive um sonho ruim. Demônios que achei que já tinham descaregado do meu corpo (ou espírito, não sei como é que essa - ou aquela - galera vê isso...) ameaçavam voltar. Amigos meus se perdiam em labirintos sem fim, meninas com sorrisos bonitos me esfaqueavam, e pelas costas...tudo muito perturbador.
Agora, o tom da maldição do dia foi quando eu cheguei em frente a um cartório eleitoral pra resolver meus problemas de cidadão que não cumpre seu dever. Assim que saí do carro e olhei pra frente, flagrei, mas flagrei(!) um motociclista voando por cima da porta de um carro que estava estacionando e abrindo a porta naquele exato momento. Com o impacto da batida, o pobre moço voou uns cinco metros e aterrisou de peito no asfalto. Quando olhei com atenção, após passada a sensação atônita do espetacular acontecimento, vi que o calcanhar do rapaz se encontrava na altura de sua nuca. Na hora fiquei gelado e comecei a tremer. Enquanto uns corriam daqui e outros corriam dali, corri também pra ajudar com o trânsito do local.
Depois disso, sem que passasse muito tempo, olhei pra trás e vi que o coitado sangrava feito porco abatido, e reparei também que ninguém tinha coragem de fazer nada (coragem mesmo, porque a cena era forte). Foi depois que vi que o sangue saía de uma "boceta" (me desculpem as meninas, mas é isso mesmo!) aberta no joelho do cara!
Corri pra cima dele e imediatamente tirei meu cinto, enrolando-o na parte anterior ao ferimento, na tentativa de fazer o sangue parar de jorrar.
O cara olhava pra mim, como se procurasse algo - talvez minha mão para segurar - e começava a ficar azul. Ou roxo. Nessa hora ele pára de respirar. E aquele povo olhando pro cara todo fudido no chão e também pra mim, que não sabia o que fazer. Daí eu começo a fazer a respiração boca a boca e a tal massagem toráxica. O cara volta a si, expelindo exatamente todos os pensamentos que pairavam sobre a minha cabeça naquele dia, palavra por palavra, organizando o nexo como nem eu mesmo estava conseguindo.
Logo em seguida, 'somente' vinte e poucos minutos após o "SAMU 192" chegou e os médicos fizeram o que sabem fazer.
Aí enfiaram o cara desacordado na ambulância, com uma cor meio azul-verde-amarelo, e saíram em desparada. E eu fiquei lá, sentado no meio fio chorando e querendo minha mãe, ou alguém que pudesse me dar um colo, totalmente desamparado, sem saber o paradeiro do rapaz, sem saber como descobrir se ele ficou bem e sem querer saber de mais nada nesse dia.
O resto do dia foi só resto.
Lembrando dos detalhes, penso que sonharei novamente malditamente...