domingo, 20 de dezembro de 2009

Por que pensar em tudo que seria agora?

Já passou.

E passou por longe,
e de beira.

Falar o que ainda está, sem derreter?
É passado.

Se está, por que não ver? Ou vê?
Vez.

Porra!!!

Porra!!!!!

Porraaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

a obviedade tem lá seus defeitos.
tem também suas virtudes.
mas não se pode esperar pelo futuro...
e nem apagar o passado.

sábado, 5 de setembro de 2009

No branco da areia
Junto da pegada rosa
Tudo é brincadeira
Na mente da mulher formosa

Num pé de cajueiro ela vai subir
ela quer estar
a descansar
e balançar as pernas

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Oh, Majestade!

Oh, Majestade!
Vossos sinceros votos
e misteriosos sopros,
são pela metade.

Oh, Majestade!
Teus julgamentos e reflexões...
[merecimentos e indagações
ganharei algum troféu?
Oh! Ganharei milhões!

Oh, Majestade!
O trono tão bagunçado
às quatro horas da manhã.
Servidor? Eu? Nãnãnã.

Oh, Majestade!
É tanta saudade
e tanta maldade
[vaidade
que a vontade fica pouca,
oh, Majestade!

Não sabes, sou Rei além.
[e aquém.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Continuo assim, vivendo dia por dia, um de cada vez. Quando, enfim, irei viver todos os dias de uma vez só? Toda a vida numa vida só? Ah, quando será?
Mas pra quê isso, se tudo se resumiria a um sopro. Perderia então tudo que a vida oferece? A perda, a derrota, o desprezo, a tristeza que fica...e a felicidade de um reencontro, a volta por cima, um novo abraço, a alegria num dia de sol amarelo na lagoa...
Como não querer passar por tudo isso, com todos os glóbulos circulando pelo corpo, não de uma vez só, mas em um ciclo - de vida?
É um dia de cada vez. E hoje viverei mais um.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Janela para a construção (ou Progresso)

27º andar - o sol
26º andar - o céu
25º andar - o céu
24º andar - o céu
23º andar - o céu
22º andar - o céu
21º andar - o céu
20º andar - o céu
19º andar - o céu
18º andar - o céu
17º andar - o céu
16º andar - o céu
15º andar - o céu
14º andar - o céu
13º andar - o céu
12º andar - o céu
11º andar - o céu
10º andar - o céu
9º andar - o convento
8º andar - o topo do morro
7º andar - a ponte
6º andar - o pé do morro
5º andar - o campo de futebol
4º andar - as castanheiras
3º andar - a rua
2º andar - a janela da vizinha
1º andar - a vizinhança

domingo, 3 de maio de 2009

Puta que pariu, o último cigarro de novo!

(em homenagem a Natali Jones - que parou de fumar)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sem-tato

Estagnado, nada a crer
e lá vai você.
E já foi, você.

Sem ter como prever
o que vai acontecer,
foi sem querer, meu bem,
foi sem querer.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Se eu fosse você

Se eu fosse você, meu amor,

ficaria.

Ficaria até o sol nascer, até o tempo passar.

Não adormeceria,

não sairia daqui e nem de lá.


Porque tudo o que acontece

desde antes até aonde a vista alcançar,

tudo o que acontecerá

é muito pra receber em tudo o que eu tenho pra dar.


Isso só se eu fosse você.


"Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida e da minha também.
Então, sente no meu colo."

(em homenagem a uma tarde de segunda-feira)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Hoje o dia foi tomado pelo espírito Maldito, o qual precedeu a sessão do Cineclube Central desta semana, perdurando durante e depois.
Acordei assustado, tive um sonho ruim. Demônios que achei que já tinham descaregado do meu corpo (ou espírito, não sei como é que essa - ou aquela - galera vê isso...) ameaçavam voltar. Amigos meus se perdiam em labirintos sem fim, meninas com sorrisos bonitos me esfaqueavam, e pelas costas...tudo muito perturbador.
Agora, o tom da maldição do dia foi quando eu cheguei em frente a um cartório eleitoral pra resolver meus problemas de cidadão que não cumpre seu dever. Assim que saí do carro e olhei pra frente, flagrei, mas flagrei(!) um motociclista voando por cima da porta de um carro que estava estacionando e abrindo a porta naquele exato momento. Com o impacto da batida, o pobre moço voou uns cinco metros e aterrisou de peito no asfalto. Quando olhei com atenção, após passada a sensação atônita do espetacular acontecimento, vi que o calcanhar do rapaz se encontrava na altura de sua nuca. Na hora fiquei gelado e comecei a tremer. Enquanto uns corriam daqui e outros corriam dali, corri também pra ajudar com o trânsito do local.
Depois disso, sem que passasse muito tempo, olhei pra trás e vi que o coitado sangrava feito porco abatido, e reparei também que ninguém tinha coragem de fazer nada (coragem mesmo, porque a cena era forte). Foi depois que vi que o sangue saía de uma "boceta" (me desculpem as meninas, mas é isso mesmo!) aberta no joelho do cara!
Corri pra cima dele e imediatamente tirei meu cinto, enrolando-o na parte anterior ao ferimento, na tentativa de fazer o sangue parar de jorrar.
O cara olhava pra mim, como se procurasse algo - talvez minha mão para segurar - e começava a ficar azul. Ou roxo. Nessa hora ele pára de respirar. E aquele povo olhando pro cara todo fudido no chão e também pra mim, que não sabia o que fazer. Daí eu começo a fazer a respiração boca a boca e a tal massagem toráxica. O cara volta a si, expelindo exatamente todos os pensamentos que pairavam sobre a minha cabeça naquele dia, palavra por palavra, organizando o nexo como nem eu mesmo estava conseguindo.
Logo em seguida, 'somente' vinte e poucos minutos após o "SAMU 192" chegou e os médicos fizeram o que sabem fazer.
Aí enfiaram o cara desacordado na ambulância, com uma cor meio azul-verde-amarelo, e saíram em desparada. E eu fiquei lá, sentado no meio fio chorando e querendo minha mãe, ou alguém que pudesse me dar um colo, totalmente desamparado, sem saber o paradeiro do rapaz, sem saber como descobrir se ele ficou bem e sem querer saber de mais nada nesse dia.
O resto do dia foi só resto.
Lembrando dos detalhes, penso que sonharei novamente malditamente...

terça-feira, 24 de março de 2009

tranquilo à tarde
na casa do Ariel
eu olho pro céu
e os carros passseiam

hoje, Vitória
aula lá no telão
sonorização
e depois de lá...

eu vou pro rock´n roll
eu vou pro rock´n roll

depois vou pra Barra
viajar de busão
e fazer um som
com a concha e o mar

chegando em casa
deito bem doidão
amanhã é outro dia
pra abstração

terça-feira, 17 de março de 2009

O dia e sempre

Ah, com é bom andar em paz.
Viver cada dia sem cansar,
[com pesar,
mas apesar...

Ter tempo, saber do tempo,
e deixar a nuvem passar.

Deixar a vida trazer,
e ser ativo, fazer! Conhecer!

E na maluquice,
na paranóia,
a certeza da vida,

Fazer-se ver,
enxergar-se,
se ater.

Como se tudo continuasse,
como se não tivesse a ver
Com você.

E o beijo frio.

Sem saber,
[ou querer saber
das lembranças mais finas
[e findas...
que o mundo - meu mundo - pode trazer.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

2 frases do dia:

Pensei em começar uma série de "frases do dia". Não minhas, é claro, mas belas frases que ouço ou leio por aí. Bom, de começo vão essas duas aí:

1 - "A Bahia é o Brasil e o mundo."
(Netinho - aquele de "Mila, mil e uma noites de amor com você...")

2 - "Você faz as pessoas infelizes e elas não podem fazer nada? Igual a Deus!"
(Hommer Simpson falando com o cara que guinchava o carro dele)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Jornal de hoje

No jornal de hoje saiu uma matéria sobre um pobre coitado que chingava todo mundo no meio da rua, ameaçava-os com uma pedra e clamava pela vinda do seu 'senhor', dizendo que 'ele' iria voltar e tudo o mais que você já está acostumado a ouvir quando o assunto é esse.

Daí, o reporter entrevista um outro pobre coitado que dizia: "Ele estava transtornado! Ora falava de Jesus, ora falava do Capeta!"

Então eu fiquei me perguntando se o primeiro pobre coitado estava realmente transtornado. E vi que não, ora bolas! Ao meu ver, existe uma tenuissíssima linha separando Jesus e o Capeta. Portanto ele não foi muito longe ao falar, ora do famoso namorado da mulher xará da mãe de seu 'senhor', ora do famoso pederasta e malicioso demônio.

Acho que, realmente transtornado estaria o primeiro pobre coitado se estivesse bradando: "Jesus irá voltar! Ele está vindo!". E logo após, "Ai que vontade de tomar um picolé!"

Esses jornais e seus repórteres e editores sem nada a dizer...